Pertencente aos irmãos Alpha

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♥ Capítulo 6 ♥

Aurora Evans.

  • Você ficou louca? Eu nem os conheço bem. E lembre-se, ainda sou virgem.

  • Aurora, você sabe que quando entrarmos no cio, mal estaremos conscientes, sabe disso, não sabe? Estaremos implorando por sexo de qualquer alfa que se aproxime de nós. E nossa dor será intensa também.

Eu suspirei.

  • Então a única solução é se relacionar com os recém-chegados? - perguntei.

  • Sim. E eu sinto algo em ambos, não consigo explicar o que é. Mas sinto que podemos confiar neles. E também, só podemos ser satisfeitas com alfa lupus.

Soltei um suspiro.

  • Não quero parecer um presente para eles. As ômegas já são suficientes.

  • Tenho certeza de que se você pedir, eles aceitarão.

  • E como você pode ter tanta certeza disso?

Ela riu.

  • Como eu disse, sinto algo neles. E acredite, eles definitivamente nos ajudariam no cio.

Quando entramos no cio, nossos lobos interiores tomam conta do nosso corpo e mente, já que não conseguimos ficar conscientes por muito tempo.

  • De qualquer forma, Aurora. Descanse um pouco, hoje foi um dia muito agitado.

  • E muito tumultuado.

Desliguei o chuveiro e me inclinei para o lado, peguei a toalha que estava pendurada no cabide, enrolei-a em volta do meu corpo e saí do banheiro. Me aproximei do meu armário e o abri, optando por um pijama vermelho com desenhos de coração.

  • Você sempre parece infantil nesses pijamas.

  • Me deixa em paz.

Ela riu.

Decidi colocar meu pijama, é tão bom ficar sem calcinha e sutiã.

  • Ah, lembrei de uma coisa.

  • Lembrou do quê?

  • Já te disse mil vezes para ficar longe da Laura. Não confio nela nem um pouco.

  • E desde quando você confia em alguém?

  • Não confio nela porque ela não me deu motivo para isso. Prevenir é melhor do que remediar. Tenha muito cuidado com essa garota.

  • E por que você não gosta dela? Ela sempre me ajudou, lembra no jardim de infância? Ela nos ajudou e sempre vinha aqui para ser nossa amiga.

  • As aparências enganam, Aurora. Não consigo sentir nenhuma sinceridade nela.

Suspirei e decidi ignorar minha loba por um tempo, porque não quero ficar com isso na cabeça e começar a suspeitar da Laura.

A porta foi aberta por ela entrando.

  • Voltei! - disse animada.

Decidi brincar com ela.

  • Não, você ainda está lá embaixo. - A resposta dela foi um dedo do meio, o que me fez rir.

  • A pessoa mal chegou e você já está zoando. - Continuei rindo. - Ah, você deve estar melhor, né? Porque já está brincando e rindo assim.

Fechei a cara e agora foi a vez dela rir.

  • Sua idiota. - disse e ela me mostrou a língua. - Tão adulta.

Ela deu de ombros.

  • Enfim, a comida está pronta? - perguntei.

  • Sim, e consegui roubar alguns petiscos. - Sorri levemente com isso.

  • Eu não queria descer. - disse.

  • E seu pai já chegou do trabalho. - Isso me fez suspirar.

  • Por que não posso comer aqui em cima? Qual o problema disso?

  • Sinto muito, amiga.

  • Não é sua culpa. - Saí da cama. - Vamos logo, quanto mais rápido formos, mais rápido terminamos.

  • Sim, vamos.

Saímos do meu quarto e caminhamos silenciosamente pelo corredor, descemos as escadas e vi meu pai no sofá assistindo TV. Assim que chegamos ao último degrau, ele se virou para nós.

  • Como você está, querida? Sua mãe me contou o que aconteceu na escola. - Ele perguntou preocupado.

''Preocupado pra caramba. Esse homem também é terrível.''

  • Estou bem, pai. A dor passou por causa do remédio. - Ele concordou.

  • Se sentir qualquer coisa, me avise.

  • Tá bom.

  • Querida, venha comer! - Ouvi a voz da minha mãe vindo da cozinha.

  • Já vou! - Gritei de volta.

  • Finalmente, Aurora.

Virei-me para Laura.

  • Embora eu realmente queira comer a comida da sua mãe, infelizmente tenho que ir. Tenho certeza de que serei repreendida pelos meus pais por estar atrasada e suspensa. Na próxima vez, eu como aqui.

  • Tudo bem, Laura. Não precisa se preocupar com isso. E muito obrigada pelo remédio.

  • Não precisa agradecer, somos amigas e é para isso que as amigas servem. Sempre estarei aqui. - Ela sorriu e beijou minha testa.

  • Obrigada, sempre que precisar de algo, pode contar comigo. - Ela concordou.

  • Certo, estou indo. Tenho que dormir tarde hoje à noite, porque vou terminar de assistir minha série. Se meus pais deixarem. - Rimos.

  • Tudo bem, vá para não ficar muito tarde.

  • Estou indo. - Nos abraçamos.

Acompanho-a até a porta.

  • Até mais, Sr. Evans - ela se despediu do meu pai.

  • Até mais, Laura.

Ela saiu e eu a observei de longe.

Eu também queria sair dessa casa.

Fechei a porta e vi meu pai me observando.

  • O quê? - Perguntei sem entender.

  • Ela é uma boa garota. - Dei um pequeno sorriso forçado.

  • Sim, ela é.

Entrei na cozinha e me aproximei do balcão, sentei e vi que o jantar era macarrão.

  • Onde está a Laura? - Minha mãe perguntou.

  • Ela foi para casa, pois já está um pouco tarde. - Respondi sem olhar para ela.

  • Entendi.

Comecei a comer um pouco rápido, o que mais quero é ir para o meu quarto.

  • Coma devagar, a comida não vai fugir do prato. - Ela colocou um copo de suco na minha frente.

  • Certo.

Comecei a comer um pouco devagar, mas assim que ela não estava olhando, comi rapidamente. Terminei de comer e levei meu prato para a pia.

  • Vou para a cama, estou muito cansada. - Digo e saio rapidamente da cozinha.

  • Espere um minuto. - Parei, um pouco assustada.

  • O quê?

  • Não vai me dar um beijo de boa noite?

''Que filha da mãe! Como ela ousa pedir isso?

Suspirei e forcei um sorriso.

  • Claro.

Aproximei-me dela e beijei sua bochecha rapidamente.

  • Boa noite. - Digo e corro para fora da cozinha.

Subo as escadas rapidamente e assim que chego ao corredor, corro literalmente para o meu quarto e tranco a porta.

  • Paz, finalmente.

''Como aquela bruxa teve a coragem de pedir isso? Eu odeio essa mulher!

  • Você não é a única.

Vou para a minha cama e me deito, muito cansada.

Mesmo cansada, ainda estou um pouco feliz por ter conhecido aqueles dois. O cheiro do Alex é tão delicioso, e o cheiro do irmão dele, Thomas, também é muito bom. Eu realmente quero vê-los novamente.

''Você não é a única.''

Sorri com isso.

Fecho os olhos e adormeço lembrando do cheiro do Alex.

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