Não pode me reconquistar

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Capítulo 8 Por que você me bateu

Embora Nathaniel e Aurelia sempre parecessem apaixonados na frente de Reed na Villa Heilbronn, Marcus podia perceber que algo estava errado entre eles. Hoje, suas suspeitas foram confirmadas quando Aurelia apareceu no hospital, gravemente ferida e sozinha, sem ninguém para assinar a entrada dela. Marcus concluiu que o relacionamento deles não era tão perfeito quanto parecia, então achou que Aurelia deveria decidir sozinha sobre a criança.

Marcus tinha outras coisas para resolver. O estacionamento estava completamente escuro quando Norman estacionou seu carro. Assim que ele estava prestes a sair, um grupo de homens vestidos de preto apareceu do nada e o cercou. Eles se moveram tão rápido que Norman não teve tempo de reagir antes de ser empurrado para dentro de uma van preta.

"Quem são vocês?" Norman perguntou, com a voz trêmula de medo.

"Cala a boca!" um dos homens gritou, então vendou Norman com um pano preto e enfiou uma meia suja na sua boca para abafar seus gritos.

Com os gritos abafados de Norman, a van disparou pela noite. Seu coração batia forte enquanto ele tentava entender o que havia feito para merecer aquilo. 'Eu não fiz nada ultimamente. Isso é um sequestro?'

A van logo parou, e Norman foi arrastado para fora e levado para um porão escuro e úmido. Na luta, a meia caiu de sua boca, e ele finalmente conseguiu falar.

"O que vocês querem?" A voz de Norman tremia de medo.

"Ensinar você a não mexer com as pessoas erradas," um dos homens disse friamente, e então todos avançaram sobre ele.

Um deles deu um chute forte no estômago de Norman. Norman se curvou de dor, instintivamente protegendo o estômago com as mãos, seu rosto contorcido de agonia. Então outro homem agarrou seu cabelo, puxou-o para cima e deu um soco forte em seu rosto.

Norman gritou de dor, sangue escorrendo do canto de sua boca, sua bochecha inchando instantaneamente, e sua visão ficando turva. A surra não parou. Eles se revezavam batendo nele, seus punhos e chutes acertando todo o seu corpo.

Um dos homens agarrou seu pulso e o puxou para cima, enquanto outro desferiu um soco que o acertou em cheio no queixo, fazendo a cabeça de Norman se inclinar para trás. Ele quase perdeu o equilíbrio, sua visão girando.

"Patético," um dos homens zombou, então deu outro soco pesado nas costelas de Norman, deixando-o sem ar.

Norman tentou desesperadamente reagir, mas ele não era páreo para os homens de preto. Um deles pisou em seu ombro, prendendo-o no chão, enquanto outro deu um soco forte em suas costas. Norman sentiu uma dor aguda e insuportável.

Cada golpe enchia Norman de desespero. Ele não conseguia entender quem ele havia irritado recentemente. Além de dar trabalho para Aurelia, ele não tinha feito nada.

Ele pensou, 'Não pode ser aquela vadia da Aurelia que mandou esses caras me baterem, né? De jeito nenhum.' Embora Aurelia não fosse pessoalmente atrás de Norman, alguém poderia fazer isso por ela.

Com o passar do tempo, a força de Norman foi se esvaindo e sua mente começou a ficar turva. Os caras de preto não deram trégua; continuaram a socá-lo e chutá-lo até que ele não pudesse mais lutar. Ele caiu no chão, machucado e ferido, ondas de dor tomando conta de seu corpo.

Enquanto isso, um dos caras de preto estava gravando tudo com seu celular e enviou o vídeo para Aurelia.

Aurelia, dormindo no hospital, foi despertada pelo celular vibrando. Ela abriu os olhos sonolenta e viu uma notificação de mensagem. Ao abrir o vídeo, viu Norman cercado pelos homens de preto, seu rosto uma bagunça, contorcendo-se de dor.

Aurelia sentiu uma mistura estranha de confusão e satisfação, um sorriso surgindo em seus lábios. Ver Norman sofrer lhe dava uma sensação distorcida de alívio e prazer.

Então, outra mensagem apareceu do remetente: [Sra. Semona, se você não estiver satisfeita, podemos continuar, mas causar uma morte seria complicado.]

Aurelia: [Quem é você? Por que está me ajudando?]

Felix: [Não importa. Apenas saiba que estamos seguindo suas ordens. Se precisar de algo, entre em contato comigo. Sou Felix.]

Felix era um mistério. Não importava o quanto Aurelia pressionasse, ele não revelava nada, então ela acabou desistindo. Por enquanto, Felix parecia estar do seu lado, mas quem sabia o que o futuro reservava.

Aurelia memorizou o número, planejando investigar quem realmente era Felix assim que saísse do hospital e estivesse de volta em plena forma.

Aurelia sempre foi cautelosa. Ela tinha muitos inimigos e uma rixa séria com a família Thompson. Além disso, como esposa de Nathaniel, ela era o alvo mais fácil se alguém quisesse prejudicar a família Heilbronn.

Se Felix estivesse apenas fingindo ajudá-la para se aproximar e depois sequestrá-la quando ela baixasse a guarda, tudo era possível. Então, ela achou melhor descobrir quem realmente era Felix.

Enquanto ainda refletia sobre a identidade de Felix, a porta do seu quarto se abriu novamente. Era Marcus.

"Marcus, você ainda não foi embora?" perguntou Aurelia.

"Eu estava prestes a sair, mas há algo que preciso te contar, então voltei," disse Marcus, deixando Aurelia curiosa. 'O que poderia ser tão importante que Marcus precisasse dizer pessoalmente?' ela se perguntou, olhando para ele com olhos brilhantes.

Marcus entregou a ela um relatório de gravidez precoce. "Dê uma olhada."

"Grávida?" repetiu Aurelia, quase sussurrando. Ela não conseguia acreditar. Sua mão instintivamente foi até o abdômen, uma onda de emoções a atingindo com força.

"Sim, após o exame, foi confirmado que você está grávida," disse Marcus, sem emoção.

A mente de Aurelia ficou em branco, dominada por um turbilhão de emoções. Ela nunca pensou que ficaria grávida nessas circunstâncias. Se fosse ontem, ela estaria empolgada para compartilhar a notícia. Mas aconteceu de ser descoberto hoje.

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