Capítulo 5 Devemos manter nossa distância.
Naquele momento, Norman de repente lembrou de algo e disparou contra Aurelia: "Quando sua avó te levou embora, ela ainda tinha 10% das ações. Você tem vivido desses dividendos por anos, não é? É bem generoso da minha parte não pedir esse dinheiro de volta, e você ainda tem a coragem de pedir pela mansão?"
Quando as pessoas ficam realmente furiosas, tendem a rir. Aurelia deu uma risada. "Como você pode ser tão cara de pau? Você lembra quem te deu o dinheiro para começar seu negócio? Foi minha mãe. E o que você fez com esse dinheiro? Você manteve uma amante e teve uma filha ilegítima! Tudo que você tem foi por causa da minha mãe. Que direito você tem de me pedir dinheiro?"
Aurelia mencionou "a amante" novamente na frente de Maria, e dessa vez Maria não conseguiu nem manter seu sorriso falso. "Aurelia, você acha que sua mãe era alguma coisa especial? Norman estava trabalhando duro, e ela só estava em casa cozinhando, passando o esfregão e limpando mesas. Eu posso contratar uma empregada por R$5.000 para fazer tudo isso, e ela faria melhor que sua mãe!"
A calma exterior de Aurelia escondia uma fúria ardente. "Então você orquestrou um acidente de carro para matar minha mãe, não foi?"
Maria imediatamente entrou em pânico. "Não fale besteira. Eu não fiz nada. Ela só teve azar e morreu cedo. O que isso tem a ver comigo?"
Aurelia de repente se levantou, olhando de cima para Norman e Maria. "Maria, eu vou descobrir a verdade sobre o acidente de carro da minha mãe mais cedo ou mais tarde."
"Ela é sua madrasta, e você se atreve a falar dela assim. Se eu ouvir você desrespeitando Maria novamente, não vou ser tão educado com você." Norman também se levantou.
"Ótimo, eu gostaria de ver exatamente como você planeja ser indelicado." Aurelia não recuou, olhando para Norman com desprezo nos olhos, e disse claramente: "Amantes merecem morrer."
Como se estivesse com medo de que Norman não estivesse bravo o suficiente, Aurelia acrescentou: "Sua esposa e sua filha são ambas amantes. Vocês dois saiam."
Com isso, Aurelia pegou o copo ao seu lado e jogou aos pés de Norman. O copo se quebrou instantaneamente, o som agudo do vidro quebrando ecoando na sala, como se fossem as emoções reprimidas no coração de Aurelia finalmente explodindo.
Nesse momento, Norman parecia uma besta enfurecida, seus olhos brilhando com raiva. Ele implacavelmente prendeu Aurelia no chão, seu corpo batendo pesadamente no piso, a dor surgindo instantaneamente.
"Como você ousa falar comigo assim." A voz de Norman estava cheia de ameaça, sua mão atingindo fortemente a bochecha de Aurelia, a dor intensa fazendo-a sentir tontura, seus ouvidos zumbindo. "Eu te criei por 13 anos, e você não mostra nenhuma gratidão. Você ainda tem a audácia de me insultar. Você é realmente uma ingrata, assim como sua mãe!"
Norman rugiu, seu punho descendo novamente, implacável. Aurelia lutou desesperadamente, mas foi em vão. Sua grande força a deixava completamente incapaz de resistir.
Os pedaços de vidro quebrado espalhados no chão, suas bordas afiadas brilhando à luz. A mão de Aurelia acidentalmente tocou os cacos, o sangue escorrendo por seus dedos, manchando o chão.
"Eu sou a esposa do Nathaniel. Como você ousa me bater?" Aurelia gritou, mesmo já tendo concordado com o divórcio com Nathaniel. Ela se odiava por usar o nome dele, mas ninguém mais sabia sobre o divórcio ainda.
Ao mencionar o nome de Nathaniel, Norman hesitou por um momento, mas então seu punho acertou o rosto de Aurelia novamente. "E daí que você é a esposa do Nathaniel? Você não é a única que pode reivindicar esse título. Você não vai mantê-lo por muito tempo. É melhor se divorciar voluntariamente, ou não terá tanta sorte da próxima vez. Espere até Chelsea se casar com Nathaniel, então você verá como eu te derrubo."
O som da surra de Norman não podia ser abafado pela porta. Quando Betty descobriu Aurelia sendo espancada na sala de estar, o chão já estava manchado de sangue. Tomada pela raiva e urgência, Betty saiu do quarto e avançou sem hesitar em direção a Norman e Maria.
"Pare!" Betty correu na frente de Norman, bloqueando seu punho descendente. "Você é humano? Como pode tratar sua própria filha assim?" Betty tinha realmente chegado ao seu limite; ela nunca tinha visto um pai tão sem vergonha e desprezível.
"Isso não é da sua conta," Norman respondeu friamente, tentando empurrar Betty para continuar seu ataque a Aurelia.
"É da minha conta, sim." Betty finalmente entendeu por que Aurelia nunca tinha contatado seus pais todos esses anos, e por que seus pais nunca tinham aparecido. Betty ficou firmemente ao lado de Aurelia, apoiando seu corpo frágil.
"Ela não é apenas sua filha, mas também a Sra. Heilbronn. Se você não quer desaparecer deste mundo, saia agora. Você sabe que a família Heilbronn tem o poder para fazer isso. Ambos, saiam agora!" Betty disse com raiva, protegendo Aurelia.
O rosto de Norman ficou sombrio, mas diante de Betty, ele estava impotente. Afinal, mesmo que Aurelia não tivesse o favor de Nathaniel, ela ainda era a esposa legítima de Nathaniel e a família Heilbronn não ficaria de braços cruzados vendo Aurelia se machucar.
Norman virou-se relutantemente, gritando, "Vamos ver sobre isso."
Norman e Maria saíram da Villa Bloom com raiva, enquanto Betty se agachou para verificar as feridas de Aurelia com preocupação. Seu coração estava cheio de dor, lágrimas enchendo seus olhos, mas ela as segurou.
"Sra. Heilbronn, agora está tudo bem. Eu estou aqui," Betty confortou suavemente, sua mão quente acariciando gentilmente o cabelo de Aurelia. "Vou te levar ao hospital agora."
Aurelia não esperava que Norman fosse tão cruel. Muitos anos atrás, quando Norman a expulsou junto com Amelia de casa, Aurelia já sabia que não tinha pais nesta vida.
Aurelia olhou para seu braço. Havia alguns arranhões, mas as feridas não eram profundas, apenas pareciam mais graves do que realmente eram.
Esses ferimentos menores não realmente exigiam uma visita ao hospital, mas Aurelia sentia sua cabeça zunindo e uma forte vontade de vomitar. Sem saber se isso indicava uma concussão, ela achou prudente ir ao hospital.
Betty chamou uma ambulância para Aurelia, e logo ela chegou. Betty queria acompanhar Aurelia ao hospital, mas Aurelia recusou.











































































































































































































































































































































































































































































































































































