A Obsessão do Bilionário

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3- Batatas fritas, batidas latinas e estrelas magnéticas

POV Isabella:

Assim que entramos, inalei o cheiro divino de carne, e a fome mexeu no meu estômago. Caminhamos em direção ao fundo do lotado restaurante de hambúrguer, e era difícil não apreciar cada detalhe. Uma decoração estilo anos 80 cobria cada centímetro do lugar... SENSACIONAL!

Como era possível que eu morasse em São Paulo, tivesse andado pelo centro inúmeras vezes, e nunca tivesse vindo aqui antes? Isabella, você é tão distraída!

Deixei o grupo seguir à frente e parei para olhar fotos de um homem chinês abraçando algumas celebridades. O dono parecia ser uma figura importante.

"Uau, esse lugar é incrível!" exclamei, alcançando o grupo, maravilhada com tudo.

Raica escolheu um lugar lá no fundo, onde não havia uma multidão de pessoas famintas.

"Sejam todos muito bem-vindos!" disse um homem baixinho com olhos puxados e uma bandeja debaixo do braço.

"Chill, Chill, vamos ganhar aquela porção grátis de batata frita?" Raica, sempre a mais esperta, tentou a sorte sem vergonha.

Chill fingiu estar chocado, mas eu percebi que ele estava acostumado com o pedido.

"Vocês já estão tentando falir o Chill, né?" O chinês fez uma cara teatral e bateu a bandeja na mesa em protesto.

"Ah, velho pão-duro," Renan resmungou.

"Eduarda, cuida dessa turma de extorsionistas," disse Chill sarcasticamente, girando a bandeja no dedo.

Fiquei focada em como ele manuseava a bandeja com tanta facilidade. Ele era realmente bom—praticamente um equilibrista profissional.

"Oi, Eduarda!" Raica cumprimentou, sorrindo para uma garçonete loira com uniforme e um crachá com o logotipo do hambúrguer.

"Vai lá, Chill, eu cuido deles." A garçonete deu dois tapinhas leves no ombro do chefe. Chill, por sua vez, dirigiu-se ao balcão com passos rápidos, ainda equilibrando a bandeja como um profissional.

Ele realmente era mestre nisso.

"Ei, Eduarda, topa um encontro?"

"Com você?" Ela apontou para Renan. "O Théo vem junto?" Ele estreitou os olhos para ela.

"Gananciosa!"

"Egoísta!"

Rimos da troca de provocações. Legal, eles eram todos amigos de longa data—próximos e divertidos.

"Façam seus pedidos," Duda cortou as brincadeiras e nos entregou os cardápios. "Estamos lotados hoje, então sejam rápidos."

Nada de rodeios.

"Vou querer o combo número quatro com Coca," disse Lucca de imediato.

Todos os outros seguiram o exemplo. Eduarda anotou os pedidos e saiu apressada. Nosso intervalo de almoço era cronometrado—não podíamos nos atrasar no primeiro dia.

"Vou colocar uma música." Do nada, o cara se levantou, serpenteou entre as mesas e alcançou uma máquina que reconheci assim que as luzes de LED ao redor dela acenderam—uma jukebox. O irmão da Raica inseriu uma moeda, apertou um botão que não consegui ver à distância, e voltou sorrindo. Uma música dançante encheu o ambiente.

"Música latina, Isabella, você gosta?" Raica perguntou, balançando os ombros.

Sorri para ela, surpresa com o quão próximas tínhamos nos tornado em tão pouco tempo. Ela era deslumbrante—alta, com olhos marcantes. E seu cabelo tinha um volume incrível. Assim que tivesse a chance, pediria dicas para domar meus próprios cachos, que nunca me obedeciam.

"Ouvir não é suficiente—você tem que sentir o ritmo." Renan começou a dançar no pequeno espaço que tinha perto da mesa. "Vamos lá, garota!" ele chamou a irmã, que não hesitou em se juntar a ele.

Achei uma loucura—eles eram realmente bons dançarinos, mas dançar assim, aleatoriamente, não era minha praia, especialmente em uma lanchonete ao meio-dia. Eu geralmente dançava à noite—embora já fizesse um tempo. Olhei ao redor, curiosa, e todos estavam em seus próprios mundos, aproveitando suas refeições, completamente indiferentes aos movimentos dos irmãos.

Uma música depois, nossa deliciosa comida chegou rapidamente.

"Obrigada, Duda," disse Raica.

"Aproveitem." Ela já tinha ido embora, ocupada com outras mesas.

"Mano, estou morrendo de fome!" Raica disse ao se sentar.

Renan imitou a irmã. "Parece incrível."

"Vocês dançam muito bem," eu elogiei, lutando para segurar o enorme hambúrguer nas minhas mãos.

"Vamos fazer planos para sexta-feira, Isabella. Tricy, uma cantora pop, vai fazer um show incrível aqui," Renan disse antes de dar uma mordida enorme, folhas de alface caindo no prato. "Onde você mora?"

"Zona Sul."

"Tranquilo, o metrô é logo ali."

"Mudando de assunto," Lucca disse, "vocês estão animados para começar?"

"Muito animada. Mal consegui dormir até receber o e-mail de confirmação," Raica enfatizou. "O que você está estudando?"

"Publicidade e Marketing," respondi, espiando por cima do meu hambúrguer gigante.

"Gestão Financeira. E vocês?"

"Relações Públicas—eu adoro conectar pessoas," Renan disse a Lucca.

"É, não tenho dúvidas disso," disse a irmã, balançando a cabeça.

"Estou com você, Isabella. Estou fazendo Marketing."

"No campus da Paulista?"

"Isso! Então seremos colegas, garota." Assenti entusiasmada.

"Por conta da casa." O ato de equilíbrio do chinês nos surpreendeu com um prato de batatas fritas. "Só porque vocês são fregueses e trouxeram uma convidada."

"De boa, estava tudo delicioso."

"Ganhei uma nova cliente. Aproveitem as fritas, pessoal." E com isso, ele voltou a cuidar do balcão.

Batucamos na mesa em uníssono, agradecendo.

Em segundos, não sobrou uma única batata frita. Limpamos tudo, pagamos e corremos para a WUC, quase estourando nosso intervalo de almoço.

A entrada do elevador estava um caos. Todo mundo tinha decidido voltar do almoço ao mesmo tempo, transformando o saguão em uma loucura.

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