BEIJEI MEU TUTOR

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EU NÃO CONSIGO ME CONCENTRAR

POV do Adam

No momento em que Cassy sorriu para mim, foi como se algo tivesse mudado. Seus olhos eram os mais suaves tons de avelã que eu já tinha visto, salpicados com pequenos pontos dourados que capturavam a luz, e sua risada? Soava como algo que você ouviria em um sonho. "Eu sei."

Começamos a andar, eu ainda murmurando desculpas por tê-la derrubado. "Juro que não sou geralmente tão desajeitado assim," resmunguei, carregando alguns dos livros dela enquanto cruzávamos o campus.

"Está tudo bem," ela sorriu. "Honestamente, eu precisava de um pouco de emoção hoje."

Eu ri, dando de ombros. "Bem, missão cumprida."

Continuamos conversando — sobre nada em particular, sobre a escola, sobre música. Ela era uma boa conversadora, e do tipo de pessoa que fazia o silêncio parecer relaxante.

Acabei reclamando sobre meu problema com tutoria. "Sim... meu pai está me pressionando para encontrar um tutor. Todo mundo está ocupado, ou é estranho, ou maluco. Minha última esperança é o maldito Emerson Beckett, e juro que preferiria ir para a aula pelado o semestre inteiro."

Ela riu. "Emerson Beckett? O cara da bateria?"

"Ele mesmo."

Ela riu. "Bem, sorte a sua. Eu sou uma aluna nota A+. Só tiro A's. Se você precisar de tutoria, eu ficaria feliz em te ajudar."

Juro que meu coração deu um salto. Será que podia ser? O universo tinha me enviado esse anjo? "Espera— sério? Você faria isso?"

"Claro, por que não? Passe no meu dormitório mais tarde, vamos ver o que está te dando problemas."

Deus abençoe o maldito universo. Eu me senti flutuando enquanto voltava para o dormitório. Eu podia simplesmente começar a cantar. Sentia vontade de sair abraçando todo mundo e beijando-os na boca, gritando a plenos pulmões!

Depois de tanto tempo. Finalmente, um tutor!


Mais Tarde Naquela Noite

Apareci no dormitório dela como um homem de joelhos, implorando por resgate, caderno e caneta na mão.

Ela abriu a porta parecendo mais linda do que nunca — cabelo solto, lábios brilhantes, com uma regata azul clara e shorts macios que se ajustavam perfeitamente às suas pernas.

"Oi," ela sorriu, dando um passo para o lado para me deixar entrar.

O quarto dela tinha um cheiro de baunilha e algo mais doce que eu não conseguia identificar. Sentamos no tapete, livros espalhados, e ela explicou algumas fórmulas pelas quais eu nunca havia me interessado antes — mas de repente achei muito interessantes porque a voz dela era tão suave.

Estava indo bem. Quer dizer, até ela tirar a blusa.

"Desculpe — o calor está terrível," ela disse, jogando a blusa de lado, agora sentada ali com um sutiã branco de renda ridiculamente sexy.

Esqueci como respirar.

A pele dela era impecável, dourada e sem manchas, a renda mordendo seus seios cheios. Sua clavícula, o pequeno vão do seu ventre— Deus. Ela parecia saída de uma maldita revista, com certeza.

"Uh, s-sim, sem problema," eu consegui dizer, olhos fixos no livro, mas não vendo uma palavra sequer.

Ela continuou explicando, algo sobre equações, mas tudo em que eu conseguia me concentrar era no subir e descer dos seus seios, a pequena corrente de prata entre eles.

"Então, se você multiplicar ambos os lados por— Adam? Adam, você está ouvindo?"

"Uhum," menti, e então errei a próxima pergunta que ela fez.

Continuamos assim por mais uma hora. Eu, fingindo entender. Ela, suspirando, começando de novo.

Finalmente, ela riu e fechou o livro.

"Talvez devêssemos adiar isso. Nem todo mundo entende na primeira sessenta vezes," ela brincou.

Massageei meu pescoço, envergonhado. "Desculpe, sou um caso difícil."

"Tudo bem," ela sorriu, recostando-se nas mãos. "Podemos tentar de novo."

Eu sorri também. Sim, por favor.

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POV de Emerson

O quarto do hospital cheirava a antisséptico e desinfetante com aroma de limão. Eu estava curvado em uma daquelas cadeiras de plástico desconfortáveis da sala de espera, meu celular tinha morrido há alguns minutos, e eu balançava a perna para cima e para baixo como se isso fosse acelerar o tempo.

Quando o médico finalmente chegou, eu pulei de pé. "Ela está bem?" perguntei bruscamente.

O médico sorriu calmamente. "Não se preocupe, senhor. Ela está estável agora. Você chegou a tempo."

Uma onda de alívio me atingiu tão forte que eu me encostei na parede. "Graças a Deus."

"Ela está acordada também, se você quiser vê-la."

Eu assenti rapidamente. "Sim— sim, por favor."

Quando entrei no quarto, Petra estava sentada, ainda com a cânula no nariz, pálida, mas com um sorriso fraco. "Oi, estrela do rock," ela sussurrou.

Eu ri, sentando na cadeira ao lado dela. "Você me assustou pra caramba, sabia?"

"Desculpa," ela deu de ombros. "Asma é um saco às vezes."

Eu ri, inclinando-me. "Então... posso ficar com o morcego de pelúcia que encontrei na sua bolsa ou o quê? Você sabe, salvei sua vida e tudo mais."

Ela riu, e mesmo que sua voz fosse fraca, ainda tinha a mesma faísca maluca. "Desculpa, você tem que salvar meu primogênito para isso."

Eu ri e a ajudei a se recostar nos travesseiros. Trocamos números antes de eu sair, e me senti bem.

Eu não estava procurando por nada, mas ela me encontrou mesmo assim. Ela era exatamente o tipo de impulso que eu estava procurando. Estar ao lado dela era como ser uma muda sentindo o sol pela primeira vez. Alguém compatível com a minha bagunça. Estranha, selvagem, imprevisível, revigorante.

Petra e eu seríamos encrenca juntos, e eu estava ansioso por isso.

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